A partir de hoje, com a ajuda de Deus, vou me disciplinar no que diz respeito à ansiedade. Farei isso a partir do Sermão do Monte. Ali está o impulso original que devo abrigar, alimentar e expandir. Jesus desaconselha a ansiedade e mostra a sua inutilidade. Ele me diz para eu não me preocupar com as necessidades básicas de cada dia, tanto de hoje como de amanhã (Mt 6.25-34).
O exercício diário que me imponho voluntariamente é repudiar tantas vezes quantas forem necessárias qualquer sentimento impregnado de aflição, angústia, ansiedade, desconfiança, inquietação, medo, preocupação, solicitude e tormento. Não será fácil por causa da minha natureza humana e por causa da cultura no meio da qual eu vivo. É possível também que eu já tenha adquirido o vício da ansiedade. Porém vou reagir, vou lutar, vou resistir, na esperança de que Deus me cure desse mal.
Sei que existem dois tipos de ansiedade -- a ansiedade real (ou racional) e a ansiedade irreal (ou irracional). Mas não pretendo justificar a ansiedade não imaginária e lutar apenas contra a ansiedade imaginária.
Estou ciente de que a ansiedade pode provocar distúrbios de saúde, como úlcera péptica, colite, asma e até doenças do coração. Sei também que ela pode tornar a minha vida e a vida dos que me rodeiam numa grande chatura ou mesmo num inferno. É muito desagradável conviver com uma pessoa demasiadamente ansiosa. Estou consciente de que a ansiedade é um pecado contra Deus, porque põe em dúvida o seu cuidado, a sua soberania, o seu amor, a sua providência. Logo atrás da ansiedade, está a incredulidade. É pecado por mais uma razão: o tempo e a energia gastos exageradamente com os cuidados desta vida -- o que comer, o que beber e o que vestir -- deveriam ser dedicados à expansão do reino de Deus, como Jesus explica no Sermão do Monte (Mt 6.33).
Para ser bem-sucedido na minha resolução de hoje, vou rever e memorizar textos que insistem no cuidado de Deus por mim: “Entregue o seu caminho ao Senhor; confie nele, e ele agirá” (Sl 37.5); “Entregue suas preocupações ao Senhor, e ele o susterá” (Sl 55.22); “Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus” (Fp 4.6); “Lancem sobre ele toda a sua ansiedade, porque ele tem cuidado de vocês” (1Pe 5.7).
Mais uma providência pode me ajudar: não negar a minha ansiedade quando pessoas queridas disserem que sou ansioso nem quando a consciência e o Espírito me acusarem do pecado da ansiedade! Se eu agir assim, o Senhor certamente me curará, pois só ele pode fazer isso.
De hoje em diante a guerra contra a ansiedade está declarada e já começou! (Fonte:Revista Ultimato/Maio/2010)
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